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terça-feira, 27 de novembro de 2012

O CENTRO DO CORAÇÃO DE DEUS



PALAVRA: O CENTRO DO CORAÇÃO DE DEUS

Introdução
Imagine que alguém dedique a sua vida inteira preparando para Deus um bolo de chocolate. Então ele chega diante do Senhor no ultimo dia, todo feliz, e lhe diz: “Está aqui o fruto da minha dedicação e sinceridade. Fiz com todo o carinho!”. Mas, para sua surpresa, Deus olha para aquilo e diz: “Eu não gosto de bolo de chocolate, prefiro baunilha”.
Se nós tivéssemos que nos apresentar diante de Deus hoje mesmo, o que teríamos para oferecer a Deus?

Texto: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Ge 1:28)

Em Mateus 7:21-23 diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.”
Quantas vezes nós nos esforçamos ao máximo, colocamos todo o nosso empenho em fazer grandiosas programações, fazer festas para Deus, fazer grandes eventos de louvor para Deus, retiros e marchas para Deus, e danças para Deus, teatros para Deus, achando que estamos agradando a Ele, mas não estamos, porque não estamos cumprindo o propósito dele em nossas vidas?
Será que quando nos apresentarmos diante de Deus, teremos que tentar nos justificar com todos os eventos e programações que realizamos, mas que não passou nem perto de cumprir o propósito de Deus para sua Igreja?
O Senhor nos deixou uma ordem e não foi “Ide e fazei eventos” ou “Ide e dançai por todo o mundo”, mas sim “Ide e pregai o evangelho”, “Ide e fazei discípulos” (Mt 28:19-20).

1-Sinceridade humana não é garantia de aprovação divina
A idéia de muitas pessoas é que “fazendo com sinceridade, você realizar qualquer coisa, que Deus aceitará”. Mas isto é um grande engano. Paulo diz sobre seus compatriotas judeus: “porque lhes dou testemunho de que eles tem zelo por Deus, porém não com entendimento” (Rm 10:2). Eles tinham dedicação, mas como não tinham conhecimento acabaram matando Jesus. E em Lc 12:47-49 na parábola dos dois servos. Um recebeu muitos acoites porque sabia a vontade do seu Senhor e não a fez, mas o segundo que não sabia a vontade de Deus também recebeu punição.
Uma vez um rapaz chegou diante do pastor e disse: “Eu queria realizar alguma coisa para Deus, mas eu não sei fazer nada. O que posso dar para o Senhor?”. O pastor perguntou: “O que você sabe fazer?”. “Andar de Skate!”, respondeu o garoto. “Então, vamos criar o ministério do Skate!”, disse o ministro. 
Você já viu aquelas pessoas que quando vão dar um presente para alguém dão não o que o outro gosta, mas sim o que ela ama? Ele gosta de futebol, e por isto dá uma bola para o outro. Infelizmente tem um monte de gente fazendo muita coisa na igreja, ofertando muita sinceridade, no entanto eles nunca pararam para perguntar: “O que Deus gosta? O que Ele quer nós demos a ele?”. O que Deus quer são vidas. Ao criar Adão Ele disse: “Sede fecundos!” Ao enviar os discípulos na grande comissão ordenou: “Fazei discípulos!”. Jesus falou para Pedro: “Se tu me amas toca para mim? Não, mas sim: “Se tu me amas cuida das minhas ovelhas”.
2-Fazer é secundário, gerar é o centro
Nós temos que fazer coisas tanto na igreja quanto no nosso trabalho, mas isto é secundário. Temos que ter louvor, gente na portaria, operador de som, mas isto não é o nosso ministério, como certa vez eu ouvi de uma rapaz: “Meu chamado é mexer na mesa de som”. E o que ele faria nos milhares de séculos que a igreja viveu sem sonoplastia?”. 
No casamento você lava, passa e arruma a mas, isto não é um fim em si mesmo. O objetivo da família é o desfrute do casal e a geração de filhos. Nós cantamos, mas nosso ministério é de gerar. Nós operamos o som, mas nosso chamado é gerar. Nós ficamos na portaria, mas a nossa obra principal é abrir a porta do reino dos céus para as pessoas. Este é o ministério de todo crente, o ministério sacerdotal (I Pe 2:9), que leva Deus até as pessoas e traz as pessoas até Deus.
A primeira obra da igreja não é social e sim espiritual. Jesus nem tocou no assunto escravatura. Por que? Porque seu maior chamado era libertar as pessoas do pecado (Mt 1:21). Hoje vemos muitas igrejas embrenhadas em política e em ações sociais, e achando que se alimentarem os pobres, se fizerem centros de capacitação profissional para ajudar a transformar o bandido em advogado estarão agradando a Deus. Isto é bom, mas nossa obra principal é mais profunda do que alimentar estômagos, mas sim alimentar a alma. E mais importante que transformar o bandido em advogado, queremos fazer do bode uma ovelha.

3-Fazer é temporal. Gerar é eterno
Tocar, cuidar da portaria, limpara o prédio da igreja não é eterno, porque não teremos estas coisas no céu. Devemos trabalhar em algo que ficará para toda a eternidade.
Toda a vida de Abraão se resumiu na luta para ter um filho. Enquanto os homens de Babel estavam preocupados em construir torres e tornar assim seus nomes celebres, Abraão viveu em tendas e para buscar cumprir o propósito de Deus em sua vida. Mas ter filho dá trabalho, lidar com coisas é mais fácil. Porém, assim como a dor do parto é esquecida pelo nascimento do filho, os sofrimentos que passamos nos decidirmos servir a Cristo também nem serão lembrados no grande dia onde ele nos encontrará para dizer: “Servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor porque foste fiel naquilo que o mundo chama de pouco ao trabalhar para mim na igreja, mas agora todo olho verá a grandeza do seu trabalho”. Alguém já disse que o inferno vai começar quando diante de Jesus os olhos das pessoas forem abertos e então elas perceberem que gastarem suas vidas com nada.


Considerações Finais
“Aconselho que cuidem bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. Não façam o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir. Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho”. (1Pe 5:2-3)

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